terça-feira, 31 de maio de 2011

we love lisboa @ fotos pt. 3












we love lisboa @ fotos pt. 2










we love lisboa @ fotos pt. 1












Conclusão

Depois de muito batalhar, aqui chegamos. Foi um projecto que exigiu muita força de vontade pois, por vezes foi assombrado por incompatibilidades de horários e até mesmo pela meteorologia. Enfim, dificuldades para trás. Adoramos este projecto que em nós suscita um orgulho enorme. Queremos agradecer a Professora Margarida Coimbra, por todo o apoio e conselhos prestados. Agradecemos também aos nossos colegas e amigos que exploraram Lisboa connosco. Agora é tempo de mudança, com uma certeza porém, em 8 meses muda muita coisa, menos a vontade de ser mais e melhor, para alcançar todas as metas. Obrigada! we love lisboa

Cultura

Azulejos:
Os magníficos azulejos chegaram à Europa pelas mãos de viajantes provenientes do Norte de África. Azulejo surgiu da palavra Árabe "azzelij", que era usada quando se fazia menção a uma pedra pequena, achatada e polida. Em Lisboa, os azulejos contam-nos muito acerca do passado turbulento da cidade. No Mosteiro de São Vicente de Fora, pode apreciar um painel incrível que descreve a conquista de Lisboa: Cristãos a escalar as muralhas defendidas pelos Muçulmanos, bandeiras com luas crescentes hasteadas, cadáveres, espadas e setas são apenas alguns dos elementos presentes neste painel.
Fado:
Quem nunca ouviu falar de Amália, a rainha lisboeta do fado? O fado é Lisboa, os antigos e estreitos bairros, as suas pessoas... passado, presente e futuro... Desde os primeiros dias, vozes como as de Maria da Fé, Maria Severa, Carlos do Carmo e Cidália Moreira juntaram-se a novos talentos e a novas formas de expressão trazidas por nomes como Camané, Ana Moura, Raquel Tavares, Mariza, Mafalda Arnauth, entre muitos outros.

            Apesar da sua origem ainda permanecer incerta, conta-se que o fado nasceu nos bares de marinheiros de Lisboa nos finais do século XVIII. A dor dos que viam os seus entes queridos partir para os descobrimentos, sem saber se algum dia os tornariam a ver, pode ter sido o ponto de partida para este género de música tão sentimental. A sua denominação veio da palavra latina 'fatum', que significa destino.
            Nos finais do século XIX foi adoptado pelos aristocratas para expressar os seus sentimentos românticos, usando palavras de grandes poetas e escritores portugueses, tendo ficado por essa altura ligado à palavra "saudade". No fado, o cantor - o fadista - permanece vestido de preto em frente à plateia e atrás de si ficam os guitarristas, que tocam a magnífica guitarra portuguesa. Cantam sobre os seus amores, sobre a sua cidade ou sobre as desgraças da vida, satirizando a sociedade e os seus políticos. Quando o fadista canta instala-se o silêncio na sala e geralmente interrompe-se o serviço de comida. Aqueles que amam o fado têm uma relação de quase adoração com ele. O novo e o velho, mas sempre, fado deve ser ouvido em silêncio enquanto se prova o caldo verde quentinho com uma rodelinha de chouriço, acompanhado de uma fatia de broa de milho.

O Povo:
Lisboa é uma metrópole e os seus habitantes têm um modo de vida agitado e stressante, semelhante ao de Londres ou Berlim. Mas mesmo assim, são bem capazes de o surpreender só para você se sentir confortável nesta cidade mágica. Os lisboetas adoram animação, noite e eventos culturais e são, geralmente, pessoas muito descontraídas. Nunca existiu uma forma ideal para descrever um povo e Lisboa não foge à regra.



Nas ruas da cidade encontra um pouco de tudo: varinas a gritar o preço dos seus peixes, artistas que exibem as suas pinturas ou os seus dotes musicais, homens - estátua, homens de negócios a andar apressadamente para o trabalho, vendedores das maravilhosas castanhas assadas quentinhas, etc.
Bem, é precisamente nesta mistura que reside o encanto de Lisboa, uma cidade vibrante, com pessoas vibrantes e um modo de vida igualmente vibrante...

Tradições:
Os lisboetas gostam de festas, tradição e sardinhas e que melhor altura do ano para juntar todas estas vertentes senão em Junho? Junho é o mês dos Santos Populares, não só em Lisboa, mas um pouco por todo o país. Destas festas a mais popular é a de Santo António (13 de Junho), pois é nesta altura que se juntam os pedidos para encontrar a sua 'cara-metade' e para um casamento abençoado por Santo António com o cheiro das sardinhas grelhadas e do manjerico e com as famosas marchas populares dos balões coloridos e músicas festivas. Entre os anos cinquenta e sessenta do século passado, a tradição de Santo António, conhecida como Noivas de Santo António, foi patrocinada pelo Diário Popular e por comerciantes locais. Nos anos noventa, a Câmara Municipal de Lisboa deu de novo início a esta tradição, patrocinando casais de Lisboa e juntando-os num momento que será único e especial para toda a vida. Existe um jogo tradicional engraçado que se faz na véspera do dia de Santo António: encha um pequeno alguidar com água e escreva em papelinhos o nome daqueles que gostaria, ou pensa que seriam, os seus parceiros ideais. Enrole-os como se fossem rifas e ponha-os no alguidar, colocando-o debaixo da cama. No dia seguinte, o papel que estiver mais aberto revela-lhe o nome da sua 'cara-metade'! Não acreditam? O dia 13 aproxima-se!
Gastronomia:
            Para um país tão pequeno, Portugal conta com uma grande variedade de delícias gastronómicas. Regiões como o Alentejo, o Norte, o Sul e o Centro são marcadamente diferentes nos seus pratos típicos, e não só!
            Tendo sido uma nação desde sempre ligada ao mar, não será de estranhar a existência de inúmeros pratos de peixe e de todos os tipos de marisco. Em Lisboa - ponto de encontro de culturas, sabores e especiarias - encontrará um pouco de tudo, desde cozinha internacional, a pratos regionais e cozinhas dignas de verdadeiros prémios.

            Mas o encanto de Lisboa vive nas suas tradições. A sardinha grelhada é a rainha, especialmente durante o Verão e as celebrações dos Santos Populares... É impossível não a cheirar nos bairros de Alfama, Bairro Alto e em muitas outros localidades, em Junho, quando os Santos Populares invadem as ruas da cidade com as suas bandeiras e balões coloridos. Os restaurantes e "tascas" oferecem uma grande variedade de snacks e aperitivos, como caracóis ou favas cozidas. Também famosos pelos seus vinhos, os portugueses costumam eleger esta bebida para acompanhar as suas refeições.
           


Apesar das águas portuguesas serem ricas em peixe, o bacalhau, frequentemente importado, é considerado o prato nacional. Por altura do Natal, enquanto noutros países se come perú, em Portugal come-se bacalhau cozido, temperado com azeite e acompanhado com batatas, couves e grão cozido.

Os Lisboetas são também grandes consumidores de café servido em pequenas chávenas - a vulgarmente denominada bica - que está disponível durante todo o dia em todo o tipo de cafés.

Museus de Lisboa

- Centro Cultural de Belém
- Museu Nacional do Azulejo
- Museu Nacional de Arte Antiga
- Museu do Chiado
- Museu Calouste Gulbenkian
- Museu Nacional do Traje
- Museu Nacional dos Coches
- Museu Nacional de Arqueologia
- Museu Antoniano
- Casa do Fado e da Guitarra Portuguesa
- Casa Museu Dr. Anastácio Gonçalves
- Museu Nacional do Teatro
- Museu da Música
- Museu da Marinha
- Museu da Água
- Museu da Carris
- Museu das Crianças
- Museu das Marionetas

Sé de Lisboa



            Construída, ao que tudo indica, sobre a antiga mesquita muçulmana, o primeiro impulso edificador da Sé de Lisboa deu-se entre 1147, data da Reconquista da cidade, e os primeiros anos do século XIII, projecto em que se adoptou um esquema idêntico ao da Sé de Coimbra, com três naves, sobre as naves laterais, transepto saliente e cabeceira tripartida. Nos séculos seguintes deram-se as transformações mais marcantes, com a construção da Capela de Bartolomeu Joanes, do lado Norte da entrada principal, o claustro dionisíaco, que apesar da sua planta irregular se inclui na tipologia de claustros góticos portugueses e, especialmente, a nova cabeceira com deambulatório, mandada construir por D. Afonso IV para seu panteão familiar.

            Ao longo da Idade Moderna o edifício foi objecto de enriquecimentos arquitectónicos e artísticos vários, como o testemunha a Sacristia de meados do século XVII, mas a grande parte destas obras foi suprimida nas duas campanhas de restauro da primeira metade do século XX, cujo objectivo foi a "restituição" da atmosfera medieval a todo o conjunto.  

            Na Capela de santo Ildefonso pode ver-se o sarcófago do século XIV de Lopo Fernandes Pacheco, companheiro de armas de D. Afonso IV, e da sua esposa Maria Vilalobos. O túmulo está esculpido com a figura barbuda do nobre, de espada na mão, e da esposa, com um livro de orações e os cães sentados a seus pés. Na capela adjacente estão os túmulos de D. Afonso IV e da esposa D. Beatriz. 
            O claustro gótico a que se chega pela terceira capela da charola, tem duplos arcos elegantes com belos capitéis esculpidos. Uma das capelas ainda exibe um portão de ferro forjado do século XIII. Nos Claustros, as escavações arqueológicas revelaram vestígios romanos e outros. À esquerda da entrada a capela franciscana contém a pia onde o santo foi baptizado em 1195, e está decorada com azulejos que representam Santo António a pregar aos peixes. Na capela adjacente existe um Presépio barroco feito de cortiça, madeira e terracota de Machado de Castro. O tesouro encontra-se no topo da escadaria, à direita. Abriga uma variada colecção de pratas, trajes eclesiásticos, estatuária, manuscritos iluminados e relíquias associadas a São Vicente. A peça mais preciosa da catedral é a arca que contém os restos mortais do santo, transferidos do Cabo de São Vicente para Lisboa em 1173. A lenda diz que dois corvos sagrados mantiveram uma vigília permanente sobre o barco que transportava as relíquias. Os corvos e o barco tornaram-se no símbolo da cidade de Lisboa. Diz-se também que os
descendentes dos dois corvos originais viviam nos claustros da catedral.  

Oceanário & ZOO de Lisboa

Oceanário:

O Oceanário de Lisboa possui quatro biótipos, representando diferentes zonas costeiras à volta do globo, estão dispostos nos cantos de um tanque central, que representa o conjunto dos Oceanos.
            Formando um todo harmonioso, estes cinco tanques são o núcleo central da exposição, enfatizando o referido conceito de Oceano Global. Só existe um aquário no mundo maior do que o do Oceanário - o Aquário Osaka no Japão. Foi construído há cerca de 10 anos pelo mesmo arquitecto que concebeu o de Lisboa – Peter Chermayeff.

            O Oceano Global, um dos maiores aquários do mundo (4 milhões de litros), é visível ao longo de todo o percurso de visita pelo Oceanário. 
Representa o mar Aberto e uma boa parte dos seus habitantes são animais de grande porte, bem conhecidos pela sua grande velocidade. São vulgarmente migradores, podendo atravessar vários oceanos. Os mais conhecidos são os tubarões, as raias e as barracudas. Os grandes cardumes também se movimentam nas águas do mar aberto, embora se encontrem frequentemente nas águas costeiras e da plataforma continental.

ZOO de Lisboa:
           
           

            Inaugurado em 1884, o Jardim Zoológico de Lisboa foi o primeiro parque com fauna e flora da Península Ibérica. Foram vários os seus fundadores, como os Drs. Pedro van der Laan e José Thomaz Sousa Martins e o Baraão de Kessler, que contaram com o apoio de várias personalidades, como o Rei D. Fernando II e pelo conhecido zoólogo José Vicente Barboza du Bocage.

            As primeiras instalações situaram-se no Parque de São Sebastião da Pedreira, que foi cedido gratuitamente pelos seus proprietários. Em 1905, foram inauguradas as novas e definitivas instalações na Quinta das Laranjeiras, e a 12 de Março de 1913, o Jardim Zoológico foi declarado como Instituição de Utilidade Pública.

            As inúmeras remessas de animais vindos de África e do Brasil contribuíram para que, ao longo dos anos, o Jardim Zoológico tivesse uma das colecções de animais mais vasta e diversificada. Destacaram-se, na realidade, alguns governadores das ex-províncias ultramarinas no contributo para o enriquecimento da colecção zoológica com exemplares de espécies exóticas, pouco conhecidas e atractivas.

            Em 1952, a Câmara Municipal de Lisboa galardoou esta Instituição com a Medalha de Ouro da Cidade.

            A queda do Estado Novo em 1974 e a consequente independência das antigas colónias em África, significou a quebra do forte apoio prestado ao Jardim Zoológico pelas autoridades na diversificação e renovação da colecção animal. Por esta altura, o número de visitantes também diminuiu de forma substancial e ocorreram cortes radicais dos subsídios estatais. Assim, foi necessário desenvolver e implementar uma nova estratégia de gestão para o Jardim Zoológico, adequando-o aos valores e necessidades da época.

            Em 1990 a nova política de gestão adoptada por Felix Naharro Pires que tomou posse tinha por objectivos a modernização do espaço do Jardim, assim como dos serviços. Deste modo, foram criadas áreas de trabalho específicas com objectivos próprios, para melhorar a colecção e o bem-estar animal, a sua alimentação e os cuidados médico-veterinários. Em paralelo, foram criados serviços comerciais, de marketing, relações públicas e imprensa, de modo a dinamizar o Parque como parceiro privilegiado das empresas. Promover a educação para a conservação junto do público visitante era, também, uma das principais preocupações, que rapidamente mereceu a criação de um serviço próprio, o Centro Pedagógico.

            Hoje em dia, o Jardim Zoológico é um importante espaço onde aliada à conservação e à educação está uma forte componente de entretenimento e diversão. No parque habitam várias espécies de mamíferos, aves, répteis e anfíbios. Das mais de 360 espécies do Jardim Zoológico, 54 são EEP's.

Parque das Nações

Esta é a mais recente zona nobre de Lisboa. O espaço em tempos ocupado pela 'Expo 98' não foi deixado ao abandono e é hoje conhecido como Parque das Nações. 

Frequentado tanto de dia como de noite, reúne inúmeras atracções: pode optar por um passeio junto ao rio ou apenas apreciar a Ponte Vasco da Gama sentado à beira-rio; visitar alguns dos pavilhões que se mantiveram abertos, como o Oceanário, o Pavilhão da Realidade Virtual, o Pavihão do Conhecimento; ver concertos ao vivo no Pavilhão Atlântico; andar de teleférico; atravessar a estrada e fazer compras no Centro Comercial Vasco da Gama; O parque foi construído sob o tema "Os oceanos, uma herança para o futuro" e contou com a participação de cerca de 142 países e organizações internacionais.

Ponte Vasco da Gama

           Esta nova ponte de Lisboa, permite que o tráfico no sentido norte-sul tenha uma via secundária para a capital portuguesa e foi construída como alternativa à Ponte 25 de Abril, frequentemente congestionada em horas de ponta.


Esta ponte que parece não ter fim, aquando da sua construção, teve que ter especial cuidado com uma reserva de pássaros local, tendo-se procedido também ao realojamento de 300 famílias, que viviam em condições precárias.

            A Vasco da Gama é a maior ponte da Europa com um comprimento de 17.2 km, 10 dos quais sobre o Rio Tejo. Foi inaugurada a 4 de Abril de 1998. Situada perto do Parque das Nações (onde se realizou a Expo 98), recebeu o seu nome no mesmo ano em que se festejou o 5º centenário da chegada de Vasco da Gama à Índia. A ponte foi construída de modo a suportar um terramoto quatro vezes maior do que o de 1755 que devastou Lisboa.

Ponte 25 de Abril

A Ponte 25 de Abril, também conhecida como Ponte sobre o Tejo, foi inaugurada em 1966 com o nome Ponte Salazar, em memória ao ditador que a mandou construir. Mais tarde, a ponte recebeu o actual nome em homenagem à 'Revolução dos Cravos' que aconteceu a 25 de Abril de 1974. Este foi um dia de revolução "não sangrenta". Na Revolução dos Cravos, os soldados puseram cravos no cano das suas armas e revoltaram-se contra a ditadura mais longa do mundo.

            Esta ponte é muito parecida à Ponte Golden Gate em São Francisco. Tem 2.278km de comprimentos e parte do cimo de Lisboa, mais precisamente de Alcântara e termina em Almada, na margem sul do rio.

Sendo particularmente procurada aos fins-de-semana, aproveite e evite os congestionamentos e vá pela recentemente construída Ponte Vasco da Gama, ou deixe o seu carro num parque de estacionamento e apanhe o comboio que passa na parte de baixo da ponte desde 1999.
Já no lado de Almada poderá ver o monumento do Cristo Rei, semelhante ao Redentor no Brasil, virado para o Tejo. Se desejar visitar o Cristo Rei, terá que subir de elevador até cerca de 82m de altitude e, uma vez lá, de certeza que ficará completamente fascinado com as vistas que pode ver sobre a cidade e sobre o rio.


Pasteis de Belém


Todas as manhãs, o 'mestre dos pastéis' inicia a sua tarefa na cozinha, usando uma receita única em todo o mundo. Para além de juntar os ingredientes certos nas quantidades certas, a arte destas pequenas delícias vive muito na confecção segundo os métodos tradicionais - não há cá máquinas, apenas mãos cuidadosas e talentosas!

            Tal como grande parte da doçaria portuguesa, os Pastéis de Belém estão ligados a raízes conventuais. Reza a lenda que havia um confeiteiro, dono de uma refinaria de açúcar - Domingos Rafael Alves -, que se tornou amigo de um pasteleiro que trabalhava no Mosteiro dos Jerónimos. Com a revolução de 1820, desapareceram muitas ordens religiosas, deixando monges e freiras desalojados e muitos trabalhadores desempregados. 


            Foi nessa altura que o confeiteiro contratou o pasteleiro - detentor da receita dos pastéis, o homem que impulsionou verdadeiramente a loja de Domingos Rafael e a única fábrica de Pastéis de Belém!
Entretanto, por trás da fachada da refinaria, o pasteleiro trabalhava até de madrugada, tendo a patente da receita sido registada um pouco mais tarde e mantida em segredo até hoje. Nos dias que correm, a fábrica produz cerca de 14 mil pastéis por dia. Pergunta-se se os conseguem vender todos? Se ainda tiver dúvidas, só há uma maneira de saber... prove um... se apenas um conseguir satisfazer a sua curiosidade...

            À medida que a produção foi aumentando, a necessidade de mais trabalhadores foi-se tornando uma séria preocupação. A possibilidade de haver uma fuga de informação era algo que não podia de maneira nenhuma acontecer, razão pela qual se optou por escolher o novo pasteleiro entre o pessoal da empresa - neste caso, tinham que trabalhar na empresa há pelos menos 25 anos e tinha que ser alguém em quem a empresa confiasse. Mesmo assim, tinham que fazer um voto e assinar um acordo em que se comprometiam a não revelar o segredo dos pastéis. Se quebrassem o acordo, veriam as suas propriedades expropriadas e até podiam ir parar à prisão. Felizmente, nunca ninguém o quebrou e o segredo mantém-se dentro das paredes da fábrica.

Planetário

O Planetário situa-se em Belém, mesmo ao lado do Mosteiro dos Jerónimos e perto do Centro Cultural de Belém e da Fábrica dos Pastéis de Belém. O Planetário recria o céu à noite e revela os mistérios do cosmos. As diversas sessões, apresentadas em Português, Inglês e Francês, falam dos seguintes temas 'O Sistema Solar', 'A Lua', 'A Evolução das Estrelas, 'O Movimento da Terra', ' Terra - Planeta Vivo', 'O universo', 'O sol', 'As constelações' e muitos outros. O mesmo pertence à fundação Calouste Gulbenkian. 

Torre de Belém

A Torre de Belém foi construída na era das Descobertas (quando a defensa da cidade era de extrema importância) em homenagem ao santo padroeiro da cidade, São Vicente. Para melhorar a defesa de Lisboa, o rei João II desenhou um plano que consistia na formação de uma defesa constituída por três fortalezas junto do estuário do Tejo.  

Formava um triângulo, sendo que em cada ângulo se construiria uma fortaleza: o baluarte de Cascais no lado direito da costa, a de S. Sebastião da Caparica no lado esquerdo e a Torre de Belém na água (já mandada construir por D. Manuel I). Este monumento está repleto de decoração Manuelina que simboliza o poder do rei rematando-o com elegantes nós, esferas armilares, cruzes da Ordem Militar de Cristo e elementos naturalistas.




            Com o passar do tempo, e com a construção de novas fortalezas, mais modernas e mais eficazes, a Torre de Belém foi perdendo a sua função de defesa. Durante os séculos que se seguiram, desempenhou funções de controlo aduaneiro, de telégrafo e até de farol.
            Foi também prisão política, viu os seus armazéns transformados em masmorras, a partir da ocupação filipina (1580) e em períodos de instabilidade política. Finalmente, em 1983 a UNESCO classificou-a Património Cultural de Toda a Humanidade.

Padrão dos Descobrimentos

            O Padrão dos Descobrimentos foi inaugurado em 1960, aquando das celebrações dos 500 anos da morte do Infante D. Henrique (Henrique, O Navegador). Evoca claramente a expansão marítima e foi desenhado na forma de uma caravela, liderada pelo Infante D. Henrique - que segura numa mão uma pequena caravela -, seguido de muitos outros heróis da história portuguesa (Vasco da Gama, Pedro Álvares Cabral - que descobriu o Brasil - Fernão Magalhães - que atravessou o Pacífico em 1520 -, o escritor Camões e muitos outros).




            Visto da gigantesca Rosa-dos-Ventos, este monumento fascina pela sua majestosidade e pelos seus 50 metros de altura, sendo visitado por milhares de pessoas todos os anos. Minuciosamente esculpida em pedra, a Rosa-dos-Ventos (veja o painel no topo da página) foi um presente da República da África do Sul e percepciona-se melhor do cimo do Padrão dos Descobrimentos, cujo acesso é feito pelo elevador situado dentro do edifício. O mapa central, com figuras de galeões e sereias desenhadas, mostra as rotas das descobertas concretizadas nos séculos XV e XVI. Este monumento situa-se em Belém, mesmo na margem do rio Tejo, numa área única e é particularmente impressionante à luz do pôr-do-sol.

Mosteiro dos Jerónimos

O Mosteiro dos Jerónimos é frequentemente conhecido como a 'jóia' do estilo Manuelino. Este estilo combina elementos arquitectónicos dos períodos Gótico e Renascentista, juntando-os a uma simbologia real e naturalista, que o tornam verdadeiramente único. Em 1496, o rei D. Manuel I pediu à Santa Sé autorização para construir um grande mosteiro à entrada de Lisboa, perto das margens do rio Tejo. As obras começaram em 1501 e só terminaram quase um século depois. D. Manuel I e os seus descendentes foram enterrados em túmulos de mármore situados na capela-mor da Igreja e capelas laterais do transepto. A dedicação do mosteiro à Virgem de Belém foi outro factor que influenciou a decisão régia. O Mosteiro dos Jerónimos veio substituir a igreja que invocava Santa Maria de Belém, onde os monges da Ordem de Cristo davam assistência aos muitos marinheiros que por ali passavam.

Por esta razão, D. Manuel I escolheu os monges da Ordem de S. Jerónimo, cujas funções eram rezar pela alma do rei e dar apoio espiritual aos que partiram da Praia do Restelo à descoberta de novas terras. Por ter sido construída nos bancos de areia do rio Tejo, a estrutura do mosteiro não sofreu muitos danos com o terramoto de 1755.
Em 1907 foi declarado Monumento Nacional e em 1984 foi classificado “Património Cultural de toda a Humanidade” pela UNESCO.

Palácio de Belém

O Palácio de Belém é a residência oficial do Presidente de Portugal. Construído em 1559 pelo nobre D. Manuel de Portugal, este Palácio está localizado numa área que certamente não quererá deixar de visitar. No século XVIII, este palácio era conhecido como 'palácio dos leões' - símbolo solar que combina Sabedoria e Poder - animais que podem ser vistos um pouco por todo o palácio.

            Pode visitar o Palácio e os seus jardins aos sábados das 10h30 às 17h00, sempre que não estejam programados actos protocolares a decorrer no Palácio. Existem visitas guiadas, realizadas por um técnico do Museu da Presidência da República, e os ingressos  custam 5€ (com desconto de 2€ para estudantes e reformados com mais de 65 anos).