terça-feira, 31 de maio de 2011

História pt. 4

Depois de 1775:

O ano de 1755 marca para Lisboa a data de um período de desenvolvimento. O terramoto (no dia 1 de Novembro, Dia de Todos os Santos, às 10h), e o incêndio que se lhe seguiu, devastaram dois terços da totalidade dos arruamentos e terão destruído três mil casas das vinte mil existentes.

O terramoto abrangeu toda a zona da Baixa, os bairros do Castelo e a zona do Carmo, ou seja, as zonas mais intensamente urbanas da cidade.

Em sua substituição iria nascer a Lisboa Pombalina, com um urbanismo sujeito a regras fixas e de um cientismo pragmático que provoca admiração em todo o mundo.        O seu principal impulsionador foi Marquês de Pombal, o Primeiro-ministro do Rei D. José, coadjuvado pelos arquitectos e engenheiros, Manuel da Maia, Eugénio dos Santos e Carlos Mardel (1755-76).

O plano, sem dúvida inovador, baseia-se numa direcção planificada de ruas alinhadas, cujas opções arquitectónicas assentam em  regulamentos de construção,   tendo em atenção conceitos básicos de resistência às acções sísmicas.

O sistema urbanístico obedecia a traçados de eixos de composição em que a simetria era tema obrigatório, pretendendo-se usualmente destacar nos extremos, monumentos  ou estátuas: a Rua Augusta com o arco triunfal, através do qual, no seu eixo, se colocou a estátua de D. José.
Pombal criou incentivos de interesse à nova classe da burguesia comercial.

A norte do Rossio é aberto o "Passeio Público" (1764), zona de recreio da burguesia. Era um jardim gradeado, com cascatas, lagos com repuxos e coreto, que  posteriormente foi aberto às novas avenidas e aos futuros bairros construídos por uma burguesia em ascensão. A partir de 1780 aparece a iluminação pública da cidade e em 1801 as ruas passam a ter o nome afixado.

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