Época Moderna:
Depois da Iª Guerra Mundial, preenchem-se as malhas vazias resultantes dos traçados dos eixos das novas avenidas. A Avenida da Liberdade apresenta-se inequivocamente como eixo primordial da nova cidade. Aparecem então edifícios como o Hotel Palace e o Palácio de Castelo Melhor (Foz). O estilo Arte Nova (tardio) revela-se em obras como o Cinema Tivoli do Arquitecto Raul Lino, o Éden Teatro e o Hotel Vitória do Arquitecto Cassiano Branco. Surgem novos bairros com imóveis de rendimento, ocupados por uma classe média em expansão. O equipamento de lazer constitui-se por logradouros ajardinados.
A partir da década de 30 o arquitecto começa a ter uma maior intervenção na construção de edifícios novos. É desta época a abertura da Alameda Dom Afonso Henriques.
É o período Duarte Pacheco, Presidente da Câmara e posteriormente Ministro das Obras Públicas (1930-43). Constroem-se novos bairros assumidamente desenhados pelos novos urbanistas de ruas largas e homogeneidade do desenho das fachadas, (vulgarmente designados de estilo Português Suave).
Sob a orientação de Duarte Pacheco, o Município decide-se pela criação de um parque verde em Monsanto. Atravessado por uma auto-estrada que liga Lisboa ao Estádio Nacional é feita a arborização do parque instituindo um sistema jurídico de expropriação dos terrenos especialmente para esse efeito.
Reconhecia-se então que um plano de urbanização para a cidade teria de envolver um programa de criação de parques e jardins, não só como fundamento de beleza e apresamento dos seus frequentadores, mas também como reserva de ar puro imprescindível à vida na cidade.
São criados novos bairros (Encarnação e Alvalade) antecessores do aparecimento e desenvolvimento da urbanização de Olivais e Chelas, numa aplicação dos princípios preconizados na Carta de Atenas.
É a época dos grandes blocos residenciais livres e separados por zonas verdes, procurando uma maior exposição solar e melhor arejamento segundo os modelos já ensaiados noutros países. É também desta época o arranjo ajardinado das praças que resultam da composição urbanística, com o objectivo de criar zonas de lazer e jogos infantis.
Mais recentemente aparecem iniciativas municipais de conjunto coabitando com urbanizações privadas localizadas aqui e ali, que preenchem os espaços "ainda livres", das zonas limítrofes da Lisboa Cidade.
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